Escolhas e Perdas – A relação entre o Diabo e os Enamorados na Teoria Ternária
fortunaarcana.substack.com
Um dos textos teóricos que mais fundamentou meus estudos de tradução na faculdade de letras foi o “perdas e ganhos”, do livro “Quase a Mesma Coisa”, de Umberto Eco, obra essencial para praticantes e estudantes da arte da tradução. A base do texto é simples: no momento em que traduzimos, perdemos algo – mas ganhamos também. Perderemos a sensação do idioma original, as referências culturais e linguísticas especificas, mas ganharemos novas leituras, novos olhares. “Traduzir é o verdadeiro modo de ler um texto”, já disse Calvino. Diante dos Enamorados, lidamos com isso. Acho que o encontro com a beleza envolve o contraste eterno com a feiura. A beleza fere, inflama nossos corpos, abre feridas. A partir do contato com a beleza, percebemos onde há a sua falta. Os opostos se atraem, dizem. Acho que não é bem uma questão de atração, mas de convivência. Os opostos convivem, estão sempre lado a lado, juntos, eternamente. Vício e virtude, paz e guerra, os Enamorados surgem para mostrar a dicotomia do dito belo, puro.
Escolhas e Perdas – A relação entre o Diabo e os Enamorados na Teoria Ternária
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Escolhas e Perdas – A relação entre o Diabo e os Enamorados na Teoria Ternária
Um dos textos teóricos que mais fundamentou meus estudos de tradução na faculdade de letras foi o “perdas e ganhos”, do livro “Quase a Mesma Coisa”, de Umberto Eco, obra essencial para praticantes e estudantes da arte da tradução. A base do texto é simples: no momento em que traduzimos, perdemos algo – mas ganhamos também. Perderemos a sensação do idioma original, as referências culturais e linguísticas especificas, mas ganharemos novas leituras, novos olhares. “Traduzir é o verdadeiro modo de ler um texto”, já disse Calvino. Diante dos Enamorados, lidamos com isso. Acho que o encontro com a beleza envolve o contraste eterno com a feiura. A beleza fere, inflama nossos corpos, abre feridas. A partir do contato com a beleza, percebemos onde há a sua falta. Os opostos se atraem, dizem. Acho que não é bem uma questão de atração, mas de convivência. Os opostos convivem, estão sempre lado a lado, juntos, eternamente. Vício e virtude, paz e guerra, os Enamorados surgem para mostrar a dicotomia do dito belo, puro.