Não existe método errado, existe erro de leitura. Não é de hoje que vejo profissionais que apontam o dedo, dizendo que professor/a tal ensina a tiragem x errada; que quem não lê Mandala Astrológica não sabe jogar, que jogar usando o método europeu é o melhor jeito. Besteira. O que garanta a assertividade é a leitura, e não o método usado.
Dentro das tiragens clássicas, como o Peladán, a Cruz Celta e a Mandala Astrológica, existem muitas variações. Mas, sinceramente, eu nunca conheci alguém que fizesse o Peladán como foi estipulado por Joséphin Peladán, criador do método; da mesma maneira que nunca vi alguém fazendo a Mandala como Etteilla, seu autor (apesar que eu confesso que tenho curiosidade em montar uma Mandala Astrológica ao estilo dele). Os fatores que determinam o sucesso de um método são, na minha opinião, os seguintes:
a lógica interna: o método deve existir através de uma maneira que não se contradiga. De nada adianta estipular que uma casa é preditiva e lê-la como aconselhamento, assim como não serve a nada ter um jogo em que as casas possam ser contrárias;
o quão bem conhecemos o método: uma tiram é muito mais do que um simples punhado de cartas em formas geométricas. O livro “Llewellyn's Complete Book of the Rider-Waite-Smith Tarot”, de Sasha Graham, por exemplo, me parece um exagero. Nele, existe 78 tiragens diferentes, uma baseada em cada Arcano do tarô. A minha pergunta é: “por que, meu Deus?!”. Ter um leque desse tamanho só confunde. É importante que saibamos o porquê de termos cada tiragem em nossas opções. Eu uso a Cruz Celta para…, o Peladán para…, etc. Quanto melhor conhecermos a utilidade de cada tiragem, mais altas as nossas chances de assertividade;
o conhecimento das cartas: de nada adianta sermos especialistas em tiragens e termos um conhecimento ruim dos arcanos. A leitura é muito mais importante do que a forma que ela tem. Um conhecimento sólido das cartas é essencial.
Mas, acima de tudo, a averiguação máxima dessas questões está no feedback. Eu, por costume, leio e ensino as tiragens clássicas o mais próximo possível da sua primeira versão. Há colegas que fazem leituras das tiragens completamente diferente das minhas. Quem está lendo certo? Todo mundo que acerta previsão, oras. O importante é que, durante a leitura, a gente tenha consciência de qual lógica estamos seguindo. Eu não posso estar falando a partir de uma lógica e, no meio da consulta, resolver mudar a minha forma de pensar e quebrar completamente o tom do jogo. Isso sim causa erros. Se eu sou fiel à técnica que uso, se essa técnica tem uma lógica interna bem firme, já tenho uma estrada bastante segura para seguir.
Aliás, falando em técnica, você viu que meu curso de Arcanos Menores está com as inscrições abertas?
A próxima turma começa no dia 12, e as aulas são nas quintas-feiras, das 19h30 às 21h.
O curso de Arcanos Menores faz parte da formação em tarô do Fortuna Arcana. Nesse módulo, você vai aprender os Arcanos Menores em torno de três eixos principais:
- as diferenças entre a escola inglesa e a escola francesa
- a leitura linear e a teoria dos encontros
- o método europeu
PRÉ-REQUISITOS: Conhecimento básico dos Arcanos Maiores. Este é um curso de nível intermediário.
As aulas são online, pela plataforma Zoom. Todas as aulas serão gravadas, e, posteriormente, irei enviá-las aos alunos para que possam assisti-las novamente, etc.
Valores:
Valores:1º lote - até 28/4
700 à vista, 850 no cartão*
2º lote - até 8/5
850 à vista, 1000 no cartão
3º lote - após dia 9/5
1150 à vista, 1300 no cartão
* o valor no cartão pode ser dividido em até 10x sem juros, via Paypal.
Beijos!
Julio Soares
Não existe método errado
Maravilha de texto.